28 maio 2015

Era uma vez: Talvez uma goteira



Talvez uma goteira

     O amor é como uma goteira. Você percebe que está chovendo assim como percebe que encontrou alguém legal, alguém que te entende. Mas tudo bem, você não vai se apaixonar, não vai se molhar. Dançar e sentir o cheiro gelado da chuva não é uma opção. Hoje, dessa vez, você ficará em casa.
     E então você escuta um ruído, constante, porém insuficiente para te fazer parar de ler e investigar. Até que uma hora você decide levantar e pegar algo para comer, totalmente esquecida do som que ouvira. E algo te impede. Você escorregou tão rápido que está atordoada, confusa, sem ar e estranhamente fraca. Logo, você faz o que as pessoas que caem fazem antes de levantar, olha para cima. Prontamente sente um pingo gelado na ponta do nariz, uma gota, um beijo.
     Apesar da roupa molhada você ainda não percebeu no que escorregara, entretanto logo entendeu que estava completamente doída e encharcada de amor. Pareceu ser de repente, todavia houve sinais, você só estava segura demais para se importar.
     Tente entender, minha pequena. Quando você não vai até a chuva, ela vem até você, e de todos os jeitos acabamos um pouco gripados. 




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