Vi por ai: mix 18coisas

     Hoje vim mostrar para vocês um mix de textos do blog 18 coisas, escrito pela Lara Esters! Escolhi os textos dela que mais gostei e espero que gostem também! As fotos que coloquei são as dos posts originais e o título com o link dos textos estará no final de cada um. :3

     Acho que ninguém vai acreditar quando eu contar que tô bem. Que inclusive tô melhor assim e tal. Não que esteja comemorando com alegria o fim das noites de conchinha, chocolate quente e filme antes de dormir. Ou que não vá sentir saudade de coisas que eram só nossas. Aquelas que todo casal tem, mas que pra gente pareciam ser muito mais especiais. Tudo isso vai me deixar um pouquinho pra baixo quando eu lembrar, sim. E é por isso que vou sair mais de casa, assistir seriados diferentes, começar um curso novo e esse tipo de coisa que a gente faz pra esquecer alguém. Quando se trata de mudanças sempre procuro ver o lado positivo, e pasmem, encontro com facilidade.

     Pra ser sincera, tava até com saudade de escrever sobre como sou um desastre quando se trata de relacionamentos. Pelo menos agora posso gritar que realmente não nasci pra isso. Acredito que não tenha uma explicação lógica, sabe? Não é como se eu tivesse tido um trauma de infância, ou me magoado muito com alguém. Pelo contrário, sou sempre eu que acabo decepcionando quem não deveria. Talvez eu só prefira amar momentos, histórias e pessoas. Mas não uma em especial, amar todas de um jeito igual e sincero. Amor exclusivo é meio limitador. E eu amo a liberdade.

     Deve ser isso também, essa minha coisa de ser livre demais. E não adianta dizer que não. Até a relação mais aberta do mundo precisa ser fechada. É como se fosse um laço, mas que me sufoca tanto quanto um nó. Sei lá. Talvez a minha mãe esteja certa quando diz que pouco sei sobre sentimentos, que muitas coisas vão acontecer e que eu ainda vou conhecer alguém que vai me fazer entender porque todos os outros deram errado. Por mais que não acredite nesse papo, admito que às vezes faz sentido, ou só é mais agradável de acreditar. Afinal, ninguém quer ser uma frigideira.

     Mas, quer saber? A verdade é que eu só quero ser feliz. Com ou sem alguém. Ah, para vai, não sou uma panela pra precisar de tampa. Nem uma laranja pra querer uma metade. Inclusive, odeio metades. Tudo pra mim tem que ser mais que inteiro. Porque eu sou uma pessoa, completa, com dois braços, duas pernas e um coração inteirinho. O que vier tem que vir pra me transbordar, se não, pode ficar onde está. Porque eu sou mesmo assim, exagerada e não me contento com pouco.

- Para ser sincera

     Realmente namorar perde um pouco a graça, né? As sexta-feiras ficam menos emocionantes porque, no fundo, a gente sabe que não vai ter que esperar mensagem nenhuma no sofá de casa torcendo para o batom não sair ou borrar. Ele (a) vai estar lá. Com certeza vamos nos ver e, se bobear, escolher o meu lugar favorito para ir. Ou, na maioria das vezes, ficaremos em casa assistindo um filme para dar risada enquanto ficamos comendo besteira.

     A gente se arruma menos sim. Sai sem maquiagem. Um pouco descabelada. E não se importa tanto com que os outros vão pensar. Afinal, isso simplesmente não interessa mais. Para algumas, por sorte, nunca interessou. Mas é que a partir do momento que a gente sabe que tem alguém que nos ama exatamente pelo que nós somos, para quê tantas máscaras? Dá para sair de rímel e ser linda sim. Ele pelo menos acha e vive repetindo isso.

     Às vezes namorar pode ser perder um pouco a emoção por deixar os joguinhos de sedução e ciúmes de lado e dar lugar para os bons e velhos clássicos. Quem nunca jogou baralho com a família do namorado(a)? Truco? Domino? Wor? Sei lá. Alguma outra coisa, vocês realmente jogam muito juntos. Nem que seja conversa fora.

     Gastamos menos tempo com coisas que duram uma noite e mais com objetos que decoram um quarto, uma sala, um lar ou uma vida. E ficamos ocupadas(os) demais construindo um futuro juntos para ter tanta emoção rotineira que perde a graça quando chega a segunda feira. Mas a maior realidade sobre namoros é que, no fundo, não somos nós quem mudamos, sim nossas prioridades.

     Quando era solteira eu achava que namorar era chato. E namorando eu já pensei isso também. Uma vez senti falta daquele frio na barriga que dá quando a gente começa um primeiro encontro. Mas hoje, por algum motivo, eu vejo tudo de um modo diferente.

     É que antes eu só via a graça da paixão. Aquela que deixa a gente louca. Sem dormir, comer, falar e pensar direito. Que nos cega e faz a vida parecer um filme de cinema ou seriado do Netflix. Aquela que sua mãe, sua amiga, sua prima e você conhecem bem. Mas, inevitavelmente, aquela que passa. E fico feliz em dizer isso: paixão passa. E toda sua inconstância de emoção junto com o embrulho no estômago também. Eles vão embora e, se você estiver disposta, dão lugar para o amor.

     E hoje eu vejo a graça dele. Ela não vem acompanhada de tantas SMSs, tantos encontros e nem tantas coisas que passam junto com o final de semana. O amor é aquele te faz companhia numa segunda-feira. Que visita sua família no interior. Que te cobre antes de dormir. Que faz sua comida de vez em quando. Que divide a comida favorita e a vida com você.

     O amor é aquele que chega manso, nos detalhes que só quem ama e é amado pode entender. Ele é aquele que atende o telefone só para ouvir seus problemas mesmo que não tenha a menor ideia de como te ajudar. Que faz tudo que diz a música ”Namoro bobo” mas com um sorriso no rosto bem ao contrário do que mostra no clipe. O amor é aquele que vai te amar pelo que você é, não pelo que você posta no Instagram ou qualquer rede social.

     No fundo namorar perde a graça porque vira coisa séria. É que um sentimento lindo como esse realmente não pode ser levado na brincadeira. Temos a liberdade de escolher todos os dias algo diferente e escolhemos o que acreditamos ser o melhor para gente. Só por simplesmente amar e por saber que não poderia ter escolha melhor que essa. É ter a certeza mesmo sem ter certeza nenhuma. É… não saber o que dizer. Como eu não sei agora. Porque amar vai muito além do que as palavras podem dizer.

     E eu espero, de verdade, que você namore alguém que ame. Se não, não vai conseguir me entender.

- Namorar perde a graça

     Eu já fui muito orgulhosa. Soltei muito ”não” quando minha vontade era de gritar ”sim”. Deixei várias pessoas irem embora quando o que eu mais queria era abraçá-las e pedir para que elas ficassem. Deixei de dizer muitas coisas que gostaria. E segui em frente, inúmeras vezes, mesmo querendo ficar. O que eu ganhei com isso? Nada. Foram muitos disfarces que não levaram à lugar nenhum. Mas, pelo menos, me fizeram aprender que orgulho não vale a pena.

     Por isso, hoje em dia, não tenho medo de tentar. Se tiver que mandar mensagem às 02:00 da manhã, dizendo que tô com saudade, mando. Não tenho receio de puxar conversa e falar tudo o que penso. Eu simplesmente vou lá, falo e faço. Perdi o manual de instruções desse jogo louco de sentimentos guiados pela cabeça. Quando se trata de assuntos do coração deixo ele 100% no comando.

     O problema de ser assim, é que muitas pessoas não entendem. Se você manda uma mensagem dizendo que sente falta, elas usam aquilo como alimento do ego e não se deixam guiar por sentimentos. O que é lamentável. Como já dizia um texto meu: Saudade é só saudade, não necessariamente significa que a gente quer viver aquilo de novo.

     Eu aprendi que vale muito mais a pena ser sincera e não se arrepender, do que ficar imaginando como as coisas vão ser e pensando em cada mínima atitude. Escute seu coração e faça. Se você se arrepender, use a cabeça e aprenda com isso. Não se torne ignorante a ponto de achar que por conta de uma vez que não deu certo, todas também não vão dar. Às vezes a gente vai para a praia e, mesmo no verão, só chove. Enquanto em outras, abre um lindo sol das nove da manhã até às seis da tarde. O que não pode acontecer é você deixar de ir com medo de só chover. E mesmo assim, se isso acontecer, deixe a chuva te molhar. Aprenda comigo: Orgulho não vale a pena. Repita isso sempre que pensar em disfarçar e seja feliz.

- Quantos sorrisos seu orgulho já tirou de você?

     Espero que vocês tenham gostado dos textos e que, se gostaram, comecem a acompanhá-la. 

     Vi por ai,