15 agosto 2015

Era uma vez: entre tantas coisas

Entre tantas coisas

Nunca te entendi, 
nunca nem mesmo quis
Nunca consegui,
até chegar até aqui

Depois de todos os tropeços,
do ardor dos arranhões,
de todos os começos
e de todas as canções

Tanta dor e tanto choro,
tanta maldade e tanto amor
Depois do tempo que nem se deu
ao trabalho de correr de nós

Entre os insultos mal guardados,
entre a alma e o rancor,
nos perdemos antes de ir, 
esquecemos o que era a dor

Por isso, após tantos vidros quebrados, 
após o sangue que escorreu,
após a ferida já ter fechado
e após a memória que cedeu

Te peço que me desculpe
com toda a sua exatidão,
todo seu jeito quebrado
e todo seu duro coração

Depois de toda a ilusão
e de todo bem-me-quer, 
quero jogar no difícil
e saber o que é vencer

Entre tantas coisas boas, 
vazias de precisão,
só quero encarar seus olhos
e saber de quem eles são

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