06 janeiro 2016

Era uma vez: Sem aquela droga

Sem aquela droga

Eu vi nos seus olhos
do outro lado desse lindo outubro
que havia terminado
algo pelo qual eu dera de tudo


Eu vi no seu sorriso meio apagado
que apagara em você
aquela aura de prata,
aquilo que te fazia ficar ao meu lado

Eu senti nos seus lábios
a ausência daquele intempérie,
do calor e do frio
que me deixavam em febre

Eu senti na ponta dos seus dedos
a falta do choque que me acendia
Nas suas veias não mais corria
a eletricidade que me cegou um dia

Eu senti nos seus pés descalços
o frio de sempre, 
sem o calor de um abraço que logo viria,
talvez não tão quente

Eu tentei trazer
com toda a força desse tempo juntos
você de volta 
para sermos nós e o mundo

De coração cruzado
e braços abertos
eu quero mostrar:
eu sempre estou por perto

Todos os dias
de tombos e feridas
não te fizeram mais forte,
te fizeram mais rija

Eu sempre estive aqui
para curar seus machucados
e você se fez agir
como se eu fosse piorá-los

Por isso sei que não está tudo bem,
todavia vou me acostumar
a simplesmente viver sem
aquela droga que você não que mais me dar.

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